Em tempos de criminalidade crescente nas cidades grandes e também no interior, e portanto, a prevenção ainda é a melhor saída para proteger nossas famílias. Assim sendo, a cerca elétrica estão entre os equipamentos mais utilizados e mais eficazes para a proteção do perímetro de condomínios, residências e imóveis comerciais.
Comparadas com outros dispositivos, seu custo de instalação é baixo e não exige manutenção constante. Por isso, a cerca elétrica tem se mostrado uma opção econômica para garantir a segurança dos moradores. Atualmente existem diversos tipos de cercas elétricas, de diferentes marcas e modelos.
Como funciona a cerca elétrica para condomínios?
Apesar do grande leque de opções no mercado, o funcionamento dos diferentes tipos de cercas elétricas é similar. O processo é simples: uma central de choque emite um pulso que vai percorrer todo o circuito do sistema por meio do fio de aço inox da cerca elétrica e retornará para a central de choque. Se alguém tentar pular o muro do seu condomínio e encostar na cerca, esse pulso não retornará à central, e um alerta será gerado, por sirene ou por outro dispositivo.
Esse pulso tem uma tensão elétrica de 8.000 a 12.000 volts, não sendo suficiente para levar à morte os seres humanos nem os animais. A meta é funcionar somente como inibidor, repelindo a ação do ladrão cuja presença foi detectada.
Os componentes das cercas são: central eletrificadora, haste de aterramento, cabo de alta-tensão, hastes de fixação, isoladores, fio de aço inoxidável, bateria, sirene e placas de aviso. As placas são obrigatórias, segundo normas da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE).
Tipos de cercas elétricas
Atualmente, o mercado de segurança para imóveis conta com dois tipos diferentes de cercas elétricas: a convencional e a concertina.
Cerca elétrica convencional
É o tipo mais comum utilizado nos dias de hoje. A cerca elétrica convencional é feita basicamente de hastes verticais ligadas por fios de aço inox. Possui apresentação discreta, não interferindo muito nas fachadas dos edifícios e residências. Possui dispositivo de alarme acionado por ruptura ou por sensores.
Cerca elétrica concertina
Esse modelo possui arame farpado de alta-tensão de ruptura. Tem formato espiralado e conta com lâminas cortantes. Concilia a barreira de proteção com o alarme, potencializando a segurança. Por outro lado, o visual é mais agressivo.
A cerca elétrica possui um energizador, chamado de eletrificador, que a alimenta seus fios de aço com pulsos de alta tensão não fatais.
O alarme da cerca elétrica pode ser disparado pelo contato no fio, pela ruptura do mesmo ou por outra acionamento configurado por um motivo específico. É comum encontrar no mercado kits para cada 100 metros, acionados por controle remoto.
A área coberta pela cerca pode ser monitorada por um sistema de CFTV.
Legislação
Além de cada Estado e Município poderem possuir sua própria legislação, o governo sancionou em agosto de 2017 Lei Federal 13.477, que trata da instalação de cercas ou barreiras eletrificadas nos domicílios brasileiros. Ela imputa responsabilidades aos proprietários e/ou ocupantes dos imóveis em relação a cuidados na implantação desses equipamentos:
– Observar, em áreas urbanas, “altura mínima, a partir do solo, que minimize o risco de choque acidental em moradores e em usuários das vias públicas” (Art. 2º II); (Cerca com altura mínima de 2,5 metros; Voltagem máxima de até 10 mil volts e distribuídos em 2,5 mil volts em cada fio; Seja de energia eletrostática; Tenha corrente elétrica com amperagem próxima a zero).
– Prover o equipamento de “choque pulsativo em corrente contínua, com amperagem que não seja mortal, em conformidade com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)” (Art. 2º III);
– Afixar, “em lugar visível, em ambos os lados da cerca eletrificada, placas de aviso que alertem sobre o perigo iminente de choque e que contenham símbolos que possibilitem a sua compreensão por pessoas analfabetas” (Art. 2º IV);
– Cumprir com as normas da ABNT na instalação de cercas próximas a recipientes de gás liquefeito de petróleo (Art. 2º V).
Casos específicos
No caso particular de vizinho, quando existe apenas um muro para dividir duas residências e um dos moradores quer instalar a cerca elétrica, é preciso que o vizinho aceite a instalação e faça uma autorização. Caso o vizinho recuse o uso da cerca ou de fazer a autorização, a cerca elétrica será instalada inclinada para o proprietário do aparelho.
Manutenção
É importante um sistema de backup para a energia. Muitos sistemas funcionam sem luz elétrica por até 15h, por meio de bateria.
Embora problemas que exigem manutenção não sejam frequentes, poder contar com um pronto serviço de manutenção para a cerca elétrica é muito importante. Danos como, por exemplo, a queda de galhos de árvores, não aterramento, desgaste da bateria, disparos constantes do dispositivo de alarme, são comuns durante o ciclo de vida desta instalação, sendo assim, é conveniente um contrato de manutenção para garantir uma rápida assistência com uma empresa experiente, capaz de garantir um diagnóstico adequado e que realize um pronto atendimento e reparo.
Conclusão
Independentemente do tipo de cerca elétrica que você escolher, é fundamental ter em mente que, para garantir de fato a segurança do condomínio e evitar dores de cabeça, é muito importante contratar uma empresa especializada para executar a instalação. Além disso, o profissional deve seguir à risca o manual de instruções para a instalação, além de garantir a sua manutenção, além de que os equipamentos utilizados devem ser de qualidade. Dessa forma, você terá o sono tranquilo, e no caso de um condomínio, terá a certeza de que cumpriu bem sua responsabilidade como síndico.